Há mães que a defendem pelo facto de, também elas, terem sido circuncizadas e outras acabam por ceder devido à enorme pressão social exercida por outros membros familiares e até mesmo pelos vizinhos.
Acreditam que se deixarem crescer o clítoris o desejo sexual na mulher vai aumentar e, por isso, a circuncisão é necessária no sentido de reduzir o desejo e, por conseguinte, a tentação sexual. A vida sem sexo é considerada mais tolerável.
Também acreditam que o esperma pode contaminar o leite para o amamentar da mãe e prejudicar o bebé e, como tal, durante o período de 18 meses de amamentação, a mãe abstém-se de todas as relações sexuais. A prática previne a promiscuidade e mantém a virgindade. Nas sociedades agrárias, onde jovens raparigas cuidam do gado e percorrem longas distâncias para buscar água, a infibulação é considerada uma salvaguarda para proteger a honra da família. A prática também tem implicações económicas: o pai é pago se a noiva for virgem e a prova da virgindade é a infibulação. A prática assegura fidelidade num casamento. A re-infibulaçao após o parto é um meio que pretende assegurar que a mulher permaneça fiel.
Todas estas razões não justificam os graves danos que este acto provoca na saúde.
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