quinta-feira, 15 de março de 2007

Ida ao Teatro Maria Vitória


Hoje fomos ao teatro visualizar a peça "Deixemos o sexo em paz", no Teatro Maria Vitória com a interpertação da actriz Maria Paulos.

Aconselhamos vivamente a quem estiver interessado no tema da Sexualidade a ir assistir a este espectáculo em tom de comédia, profundamente didáctico e perfeitamente integrável no Programa de Educação Sexual, que poderá alcançar imenso êxito junto do público em geral e estudantil em particular. É um divertidíssimo monólogo onde, a brincar, se trata muito a sério dos assuntos do sexo que ainda são tabu. Esta peça de teatro tem a de cerca de 1 h e 15 m de duração.

“Deixemos o Sexo em Paz”, além de ser um belo exercício teatral, trata, de uma forma divertida e risonha, um tema geralmente solenizado, chamando a atenção para a importância que tem uma sexualidade bem vivida, por gente bem informada sobre os riscos hoje existentes e também para uma atitude de liberdade que não exclua nunca, a responsabilidade nem o prévio esclarecimento, cuja falta é responsável por tantas vidas destroçadas. Partindo do princípio que a ignorância não aproveita a ninguém, esta é ainda uma obra de um teatro de qualidade e simultaneamente comercial, porque dirigido a um vasto público, usando um tom de comédia e riso para abordar problemas reais, desmontando o ridículo e a pomposidade de tantas situações, resultantes sobretudo, do desconforto e da incomodidade de como a maior parte dos adultos trata e vê o sexo. Responsável ainda, pela sua incapacidade de dar resposta à curiosidade dos adolescentes, que iniciam cada vez mais cedo e muitas vezes de uma forma errada, “às escuras” a sua vida sexual.


quarta-feira, 14 de março de 2007

Apreciação global dos inquéritos

Distribuimos pela comunidade escolar um inquérito, por nós realizado, a fim de descobrir se estes estavam, ou não, informados sobre dois sub-temas dentro do vasto tema da sexualidade. Os sub-temas abordados foram as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST´s) e Mutilãção Genital Feminina (MGF).

Quinze pessoas (tanto do sexo feminino como masculino em idades entre os treze e os quarenta e quatro anos) responderam ao nosso inquérito. Todas afirmaram achar o tema sexualidade importante. Perguntámos, então, qual o sub-tema (dentro da sexualidade) que mais interesse lhes despertava. Seis (6) pessoas escolheram como sub-tema a mutilação genital e logo de seguida ficou a violação (escolhida por cinco (5) pessoas). O tema que revelou menos interesse pelos inquiridos foi o da prostituição (tendo sido escolhido por apenas uma pessoa).
Perguntámos de seguida com quem costumavam falar sobre o tema Sexualidade. A maioria dos inquiridos (treze (13) pessoas entre os 13 e os 22 anos) respondera que conversavam sobre o assunto em questão com os seus amigos. Apenas um (1) inquirido conversa sobre sexualidade com os pais e um outro escolheu a opção "outros".
Através deste inquérito pretendiamos também ficar a conhecer se a nossa comunidade escolar sabe o modo de prevenção das DST´s. Doze (12) pessoas responderam acertadamente (escolhendo o preservativo), dois (2) alunos escolheram a pílula e apenas um(1) aluno optou pelo DIU (Dispositivo Intra-Uterino).
Depois optamos por perguntar quais as doenças que são sexualmente transmissíveis. Todos deram como resposta a Sida. De seguida a DST com maior número de respostas foi a Sífilis. As outras doenças respondidas pelos inquiridos foram a Hepatite, o Herpes Vaginal, a Gonorreia e a Vaginite.
Passámos então para o sub-tema Mutilação Genital. Após darmos uma pequena definição do tema, optámos por perguntar qual o principal continente em que se pratica este acto. As respostas foram positivas pois onze(11) dos quinze (15) inquiridos responderam acertadamente (escolhendo África), duas (2) pessoas escolheram Ásia, uma (1) outra optou pela Europa e por fim uma (1) outra pessoa optou pela Oceânia.
A resposta seguinte revelou-se negativa pois apenas cinco (5) pessoas responderam que a Mutilação Genital era praticada somente ás mulheres. Os outros dez (10) inquiridos (cinco do sexo masculino e cinco do sexo feminino) deram como resposta a opção "ambos os sexos".
Escolhemos fazer como penúltima pergunta uma questão de carácter pessoal: -"És a favor da Mutilação Genital? Porquê?". Todos responderam que não e justificaram de diversas formas. Alguns disseram que esta "é uma prática que vai contra todos os principios da humanidade" e que era um acto "desumano"; outros responderam que esta prática "é uma violação da intimidade da mulher" e que "todo o ser humano tem direito a sentir prazer".
Para última questão optámos por perguntar quais as consequências físicas e/ou psicológicas que a mutilação pode trazer. Esta última pergunta revelou-se também negativa tendo a maioria respondido "dá prazer à mulher" e apenas quatro (4) pessoas responderam de forma acertada (impossibilidade de engravidar).
Através deste inquérito podemos perceber que quando apresentarmos o nosso trabalho à comunidade escolar teremos que focar mais pormenorizadamente os vários aspectos da Mutilação Genital, pois foi neste tema que existiram mais respostas erradas.
Teremos também que focar mais pormenorizadamente a questão dos métodos contraceptivos, porque apesar de três (3) inquiridos terem respondido de forma errada é uma questão que todos têm de estar devidamente informados.

Inquérito sobre a Sexualidade

Somos alunas do 12º ano e pedimos a vossa colaboração para realizarmos um trabalho no âmbito da disciplina de Área de Projecto.

Sexo: F [ ] M [ ] Idade: ____


1- Achas a Sexualidade um tema importante?

Sim [ ]
Não [ ]

2- Qual o tema dentro da Sexualidade que mais te agrada?

Violação [ ]
Prostituição [ ]
Mutilação Genital [ ]
Outros [ ]

3-Costumas falar com alguém sobre este tema? Se sim, com quem?

Pais [ ]
Amigos [ ]
Vizinhos [ ]
Professores [ ]
Outros [ ]


4- Qual e o método contraceptivo mais eficaz para a prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s)?

DIU [ ]
Preservativo [ ]
Pílula [ ]
Diafragma [ ]
Outros [ ]

5- Quais as Doenças Sexualmente Transmissíveis que conheces?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.


A Mutilação Genital é uma pratica ilícita que consiste na remoção dos órgãos genitais femininos.


6- Qual o principal Continente no qual se pratica este acto?

Europa [ ]
Ásia [ ]
África [ ]
Oceania [ ]
América [ ]

7- A Mutilação Genital pode ser feita em:

Mulheres [ ]
Homens [ ]
Ambos [ ]
Nenhuns [ ]

8 – És a favor da Mutilação Genital?
Sim [ ] Porquê?______________________________________.
Não [ ] Porquê?______________________________________.


8- Quais as conseqüências em termos físicos e psicológicos da Mutilação Genital:

Impossibilidade de engravidar [ ]
Dá prazer à mulher [ ]
Por uma questão de higiene [ ]
Outros [ ]

terça-feira, 13 de março de 2007

Curiosidade Sobre a MGF

"Segundo uma tradição, depois da primeira menstruação, todas as jovens devem submeter-se à circuncisão feminina. Isto ocorre numa grande festividade.

Durante um ano a família planta comida e cria animais para serem sacrificados nesta ocasião. A festa dura uma semana. A rapariga é mantida isolada e com uma dieta alimentar especial. Depois é adornada e pintada. O primeiro passo é o corte do cabelo, a primeira vez na sua vida. Durante vários dias a comunidade canta e dança animadamente. No último dia a jovem junta-se a todos, esta permanece no meio das mulheres que a seguram. As mulheres tentam embriagar a jovem, depois desta embriagada a ponto de perder os sentidos, quatro mulheres levam-na para uma casa e as suas pernas são amarradas a paus de madeira estendidos sob uma esteira no chão. A especialista no corte amarra uma faixa bem apertada em volta da cintura da noviça. Com uma faca própria para este acto, ela desfere o golpe final. O clitóris e pedaços de cabelo são guardados escondidos e tornam-se objectos de tabu. Segundo dizem, no clitóris não fica um buraco, mas sim um espaço liso."









Todo este tema da Mutilação Genital Feminina deixa qualquer um sensibilizado, são culturas ás quais jamais um de nós daria credibilidade.
É dificil acreditar que algures pelo mundo existem culturas que de um acto tão doloroso são capazes de festejar energicamente.
Se nos dessem oportunidade certamente mudariamos este acto cruel!

Mutilação genital em Portugal

Dados da Organização Mundial De Saúde (OMS), estimam que cerca de 130 milhões de mulheres e crianças tenham sido já submetidas à prática da MGF e cerca de 2 milhões se encontrem em risco de serem circuncisadas.
No que se refere a esta prática tradicional e ainda de acordo com a OMS, Portugal é considerado um país de risco já que as comunidades migrantes aqui residentes são oriundas da países onde a MGF existe, poderão continuar esta prática e, para além disso, muitas mulheres já sofreram mutilação nos seus países de origem, necessitando de cuidados de saúde expecíficos, físicos e psicológicos.
A inextistência, em Portugal, de estudos e/ou pesquisas oficiais no domínio da MGF e a sentida necessidade de se trabalhar esta temática levou a Associação para o Planeamento da Família, a desenvolver um projecto sobre o estudo da Mutilação Genital.
Este estudo é da autoria de Yasmina Gonçalves (Psicóloga Clínica). A investigação teve por base um questionário de opinião, distribuido a profissionais de saúde da área da Grande Lisboa( zona do país onde existe maior concentração de imigrantes provenientes de países africanos), através do qual se procurou avaliar:
Opiniões dos profissionais de saúde inquiridos, conhecimento geral e específico sobre o tema e vias de obtenção de informação;

  • Legislação existente em Portugal sobre MGF;
  • Actuação em situações de MGF;
  • Papel dos técnicos de saúde no trabalho com mulheres e crianças que sofreram ou possam vir a sofrer de MGF;
  • Possiveis estratégias de actuação.


Considerada uma prática a desencorajar por profissionais, organizações não governamentais e departamentos oficiais que trabalham a nível dos direitos humanos, nomeadamente dos direitos das mulheres e das crianças, da igualdade de oportunidades e saúde sexual reprodutiva, o presente estudo pretende contribuir para um maior conhecimento, sensibilização e intervenção dos profissionais de saúde bem como aumentar o acesso á informação de todas as pessoas que actuam e podem actuar sobre esta realidade que atinge milhões de mulheres em todo o mundo.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Em que zonas se pratica a mutilação genital?

A mutilação genital é praticada por muitos grupos étnicos em mais de 30 países. É uma prática muito frequente em certas partes da África e é praticada também na Península Arábica e em zonas da Ásia. A prática da circuncisão feminina é rejeitada pela civilização ocidental. O costume está a ser transportado para a Europa e para a América junto com imigrantes africanos, especialmente de língua árabe. Algumas comunidades islâmicas e outras não-islâmicas do norte de África e Médio Oriente praticam a mutilação genital nas raparigas. São relatados casos de mutilação genital feminina em todo o mundo, inclusivamente em países desenvolvidos.
Numa comunidade onde as mulheres são economicamente dependentes dos seus maridos, o casamento é imperativo e as mulheres são, por isso, compelidas a submeterem-se à circuncisão para sobreviverem. Assim, o ciclo vicioso da mutilação perdura, já que sucessivas gerações de mulheres impõem a pratica a elas próprias e às suas filhas.
Os pais não pretendem magoar as suas filhas, mas sim prepara-las para o casamento e para que sejam aceites na sociedade, e a circunsição é a única maneira que conhecem – é uma passagem para a idade adulta.
A mutilação é considerada uma forma inaceitável e ilegal da modificação do corpo, aplicada àqueles que são demasiado novos ou inconscientes para tomar uma decisão informada.

Quais as consequências da MGF?

A mutilação genital feminina traz graves consequências às raparigas.



Existem dois tipos de consequências:

IMEDIATAS: as hemorragias são inevitáveis, no caso de serem graves podem conduzir à morte. O choque, provocado pela dor que resulta do procedimento, pode gerar traumas psicológicos graves. As possíveis infecções são várias, decorrentes, desde logo, do facto de serem utilizados objectos cortantes de todo o tipo, não esterilizados e frequentemente usados mais do que uma vez. Não são administrados quaisquer tipos de analgésicos.
As feridas e hemorragias que resultam da MGF são tratadas com plantas medicinais, acompanhadas por orações. O tétano e a septicemia são as mais serias ameaças, sem esquecer os perigos resultantes da partilha de um instrumento por várias mulheres no que diz respeito às doenças infecto-contagiosas. A redenção urinária – forçada durante horas ou dias devido às dores – pode causar inflamações ou danificar a uretra.


A LONGO PRAZO: as perdas de sangue podem tornar-se constantes e tornar-se numa anemia. Os problemas urinários podem ser constantes, devido às dificuldades em urinar. Em casos graves, pode surgir incontinência. Infecções urinárias degenerativas podem afectar a uretra, bexiga e rins.
As infecções pélvicas crónicas são comuns em mulheres que foram infibuladas. Não sendo frequente, algumas destas infecções podem provocar abcessos, quistos e úlceras na vulva. Se o nervo do clítoris for cortado, toda a área genital passa a estar em sofrimento permanente.
A mutilação causa ainda disfunções sexuais no casal, na sequência das dores que acompanham as relações. A penetração pode ser difícil ou até impossível. Os problemas na gravidez e o parto também são frequentes podendo o feto ficar retido no útero ou no canal. O parto é extremamente doloroso e demorado, levando à exaustão da mulher e do feto.
Muitas das vezes, quando algo corre mal no procedimento, costuma culpar-se a menina, porque já era impura, ou os pais da menina, porque não a educaram na pureza, ou atribui-se o fracasso a uma qualquer intervenção divina.

Qual o motivo que leva à pratica da MGF?

Existem várias razões para a contínua prática da mutilação genital, salientando entre essas razões, a cultura e os costumes. Este acto severo é praticado com o objectivo de preservar a virgindade das raparigas jovens e limitar a sua sexualidade. Diz-se que a existência do clítoris pode ser um perigo ao órgão masculino e ao ser retirado traz mais higiene às raparigas.
Há mães que a defendem pelo facto de, também elas, terem sido circuncizadas e outras acabam por ceder devido à enorme pressão social exercida por outros membros familiares e até mesmo pelos vizinhos.


Acreditam que se deixarem crescer o clítoris o desejo sexual na mulher vai aumentar e, por isso, a circuncisão é necessária no sentido de reduzir o desejo e, por conseguinte, a tentação sexual. A vida sem sexo é considerada mais tolerável.
Também acreditam que o esperma pode contaminar o leite para o amamentar da mãe e prejudicar o bebé e, como tal, durante o período de 18 meses de amamentação, a mãe abstém-se de todas as relações sexuais. A prática previne a promiscuidade e mantém a virgindade. Nas sociedades agrárias, onde jovens raparigas cuidam do gado e percorrem longas distâncias para buscar água, a infibulação é considerada uma salvaguarda para proteger a honra da família. A prática também tem implicações económicas: o pai é pago se a noiva for virgem e a prova da virgindade é a infibulação. A prática assegura fidelidade num casamento. A re-infibulaçao após o parto é um meio que pretende assegurar que a mulher permaneça fiel.
Todas estas razões não justificam os graves danos que este acto provoca na saúde.

Descrição dos diferentes tipos de MGF


Tipo I
Na forma mais comum deste procedimento o clítoris é seguro entre o dedo polegar e indicador, puxando para fora o amputado com um corte de um objecto afiado. O sangue é estancado através de gazes ou outras substâncias e é aplicado um penso. Os praticantes mais modernos poderão aplicar um ou dois pontos na zona do clítoris para parar a hemorragia.

Tipo II
A principal diferença neste tipo é a gravidade do corte. Usualmente o clítoris é amputado e os lábios menores são removidos total ou parcialmente, muitas vezes com um mesmo golpe. O sangue é estancado com ligaduras ou com alguns pontos, que podem ou não cobrir parte da abertura vaginal.
Os tipos I e II correspondem geralmente a 80-85% de toda a MGF, embora a proporção varie grandemente de país para país.

Tipo III
É a forma mais extrema e consiste na remoção do clítoris e lábios menores, juntamente com a superfície interior dos lábios maiores. Os lábios maiores são unidos através de pontos ou espinhos/picos e as pernas são atadas durante 2 a 6 semanas. É deixada uma pequena abertura para permitir a passagem de urina e sangue menstrual (tem normalmente 2-3 centímetros de diâmetro, mas pode chegar a ser tão pequena como a cabeça de um fósforo).

Classificações dos tipos de MGF

Reconhecendo a necessidade para uma classificação estandardizada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reuniu em Genebra, em Julho de 1995, um grupo de trabalho sobre MGF que chegou a várias conclusões. A OMS defende a necessidade de uma protecção efectiva e promoção dos direitos humanos das mulheres e condena o envolvimento de profissionais de saúde em qualquer forma de MGF.
Em Abril de 1997 numa declaração conjunta a OMS e a UNICEF definiram a MGF como todos os procedimentos envolvendo o total ou parcial remoção dos genitais femininos exteriores ou outras lesões para os órgãos genitais femininos por razões culturais ou outras que não – terapêuticas.


Estas duas organizações classificaram os diferentes tipos de MGF:

I) Excisão do prepúcio, com ou seja excisão de parte ou totalidade do clítoris (clitoridectomia);

II) Excisão do clítoris com parcial ou total excisão dos lábios menores (excisão);

III) Excisão da parte ou totalidade dos genitais externos e coser da abertura genital deixando apenas um pequeno orifício para permitir a passagem de urina e do fluxo menstrual (infibulação);

IV) sem classificação – inclui práticas como o piercing, inserção de substâncias corrosivas ou ervas na vagina.

No que consiste mais propriamente a MGF?

A mutilação genital tem vários graus e maneiras de executar, normalmente a raparigas jovens entre os 5 e os 12 anos de idade. A extracção do clítoris é chamada de clitoridectomia, que pode ser acompanhada da eliminação de parte ou de todo o lábio vaginal, procedimento chamado de excisão. Há uma forma de mutilação considerada mais grave que consiste na costura dos lábios ou do clítoris, deixando apenas uma pequena abertura para permitir a passagem da urina e do fluxo menstrual – infibulação.

O que é a mutilação genital feminina?

A Mutilação Genital Feminina (sigla MGF), também conhecida por Circuncisão Feminina, é uma tradição em que os pais providenciam a remoção do clítoris (este é um pequeno prolongamento carnoso localizado na vulva, na parte superior dos pequenos lábios) ás suas filhas pré-adolescentes.
A Mutilação Genital Feminina é um factor cultural que varia de sociedade para sociedade e não pode ser generalizado. Este acto severo é praticado em raparigas ou jovens mulheres, de acordo com a localização geográfica e os costumes da comunidade, com ou sem o consentimento das mesmas e, por norma, através do uso da força.
A circuncisão feminina é uma violação dos direitos da criança e dos direitos humanos, é obsoleta e traz consequências graves quer físicas quer psicológicas.



Mutilação Genital Feminina


Como já referimos os pontos essencias acerca do tema Doenças Sexualmente Transmissíveis, queremos dar-vos também a conhecer um outro tema que, apesar de ser pouco abordado na nossa sociedade, prejudica milhares de jovens mulheres (própria em algumas culturas), tema esse designado por Mutilação Genital Feminina.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Como te podes prevenir das DST

O preservativo é a maneira mais fácil e mais eficiente de impedir o contato com o sangue, esperma e secreção vaginal, evitando a transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
Deves usar o preservativo em todas as relações sexuais.


Podes também ter alguns cuidados básicos, para que te possas proteger:
- Ter uma relação estável com alguém que conheces bem;

- As mulheres e os homens devem ir ao médico sempre que apresentarem algum sinal ou sintoma;

- As mulheres devem frequentar o ginecologista pelo menos uma vez por ano para fazer os exames Papanicolau e clínico;

- Ter higiene sexual e não compartilhar roupas íntimas;

- Não compartilhar agulhas ou seringas pois algumas DST são transmitidas pelo sangue
contaminado.




Ensinamos-te a usar o preservativo masculino:

Verifica sempre a data de validade na embalagem e para guardar o preservativo, o melhor são locais frios e secos. Deixá-lo por muito tempo na carteira, por exemplo, pode danificá-lo.








Abre a embalagem com cuidado - nunca com os dentes - para não furar o preservativo.
Coloca o preservativo só quando o pénis estiver erecto.








Desenrola o preservativo até a base do pénis, mas antes aperta a ponta para retirar o ar.
Usa apenas lubrificantes à base de água, evita a vaselina e outros lubrificantes à base de óleo.














Após a ejaculação, retira o preservativo com opénis ainda duro, fechando com a mão a abertura para evitar que o esperma saia do preservativo.






Dá um nó e coloca o preservativo no lixo. Nunca uses o preservativo mais de uma vez.







Utilização do preservativo feminino:

Para colocar o preservativo deves encontrar uma posição confortável. Pode ser em pé com um pé em cima de uma cadeira; sentada com os joelhos afastados; agachada ou deitada.





Segura a argola menor com o polegar e o indicador.










Aperta a argola e introduz na vagina com o dedo indicador.












Empurra o preservativo com o dedo indicador.










A argola maior fica para fora da vagina, isso aumenta a proteção.




Depois da relação, retira o preservativo torcendo a argola de fora para que o esperma não escorra e coloca-o no lixo. Nunca uses o preservativo mais de uma vez.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Sinopses dos Filmes

Filmes favoritos


Filadélfia

Resumo: Andrew Beckett (Tom Hanks) é um advogado promissor de uma grande firma
que é demitido quando descobrem que ele tem SIDA . Ele procura Joe Miller (Denzel Washington) um advogado negro para processar a empresa. O óscar de Melhor Actor vai para Tom Hanks e o de Melhor Canção vai para Streets of Philadelphia.



Beleza Roubada

Resumo:Após o suicídio da sua mãe Lucy uma rapariga americana de 19 anos viaja para a Itália onde irá passar um tempo com velhos amigos da família. Lucy tem dois objetivos: descobrir quem é o seu verdadeiro pai e rever um antigo namorado para quem se tem guardado esse tempo todo. O espírito inocente e jovem de Lucy provoca em todos uma profunda agitação. Ela se torna uma fonte de alegria e o principal assunto das refeições quando para espanto geral descobrem que ela ainda é virgem. Mas Lucy encontra o seu primeiro amor e no meio de tantas mudanças desvenda a verdadeira identidade do seu pai.



E a vida continua

Resumo:Considerado suspeito pelo incêndio de uma fábrica de tecidos um homem é preso. Sentindo que será condenado ele foge da prisão e busca ajuda na casa de uma velha paixão da adolescência. Dirigido por George Stevens (Os Brutos Também Amam) e com Cary Grant e Jean Arthur no elenco.



A cura

Resumo:Um rapaz solitário faz amizade com um colega estigmatizado por ter contraído o vírus da Aids numa transfusão de sangue. Juntos eles decidem viver uma grande aventura
descendo um rio em busca de um médico que afirma ter a cura para a SIDA. Com Brad Renfro e Annabella Sciorra.



Por uma noite apenas

Resumo:Uma noite inesquecível entre duas pessoas casadas que um ano mais tarde voltam a encontrar-se causando consequências drásticas nas suas vidas. Com Wesley Snipes, Nastassja Kinski e Robert Downey Jr.

ABC da SIDA

ANIMAIS
Os animais domésticos e outros, com excepção dos antropóides, não podem ser contaminados pelo vírus da SIDA. Está excluída a hipótese de transmissão por esta via.

ANTICORPOS
Os anticorpos encarregam-se da determinação dos vectores das doenças e, se possível, da sua destruição no quadro do nosso sistema imunitário. Infelizmente, os anti-corpos anti-VIH não têm qualquer poder face ao vírus. Quando se efectua um teste de rastreio dos anticorpos anti-VIH, a presença destes indica que a pessoa testada foi contaminada, e é seropositiva.

AZT – Azidothymidina
Medicamento que impede a multiplicação do vírus, permite prolongar a vida dos doentes de SIDA e retardar o aparecimento de situações de doença declarada, nos indivíduos seropositivos.

BEIJO DE AMOR – Não há de facto perigo neste contacto íntimo?
Se bem que se tenham encontrado vírus VIH na saliva, a sua quantidade é muito diminuta para poder ser infectante. Mais recentemente, descobriu-se que a mucosa da boca pode ser contaminada com muita facilidade pelo VIH, pelo que é necessário redobrado cuidado com o sexo oral, ou em beijar pessoas com feridas ou doenças hemorrágicas na boca.

CABELEIREIRO – Existe risco de contaminação? Sim, se forem utilizados instrumentos cortantes ou perfurantes, tais como navalhas de barba, lâminas, estiletes, e estes entrarem em contado com o sangue quer do cliente quer do profissional em questão. Os instrumentos utilizados devem ser sempre cuidadosamente desinfectados após cada utilização. Os clientes devem exigir o cumprimento desta regra. A desinfecção deve ser com álcool a 70% ou com lixívia.

COMPORTAMENTO Face aos seropositivos e doentes com SIDA,o que fazer?
Evitar as relações sexuais sem protecção e a troca de seringas. Os contactos sociais não são perigosos. Dê provas de humanidade e de solidariedade. Todos precisamos uns dos outros:
· Não recuse os contados pessoais e sociais que são muito importantes para o equilíbrio psicológico de indivíduos infectados e de doentes.
· Tocar. Os contactos normais (abraçar, acariciar, etc.) não devem ser modificados – agir como sempre o fez dará ao doente a sensação de ser tratado com a necessária humanidade.
· Telefonar com mais frequência e fazer visitas levando amigos e conhecidos.
· Apoiar, por exemplo, na correspondência; nas coisas a tratar com o médico, com o hospital, com serviços; nas aulas; no tratamento das crianças; etc.
· Convidar para festas, exposições, cinema, teatro, concertos.
· Apoiar o/a namorado/a, a fim de que se adaptem em relação à doença, falando disso com naturalidade.
· Levar prendas que demonstrem a amizade: livros, revistas, discos, cassetes, etc.
· Interessar-se pelo estado do doente, não se inibir de pedir notícias da sua saúde, o que pensa das alterações que tem vindo a sofrer etc.

COMPORTAMENTO DE RISCO
A SIDA atinge uma extensa camada de população, nomeadamente as pessoas sexualmente activas, qualquer que seja a sua raça, sexo e idade. Há comportamentos que são particularmente de risco face à SIDA mas que podem ser diminuídos:
· Os toxicodependentes têm comportamentos de risco pela troca de seringas e agulhas e também muitas vezes pelo comportamento sexual.
· Igualmente muito expostos estão os homens e adolescentes que têm relações homossexuais.
· Cada vez mais expostos, os homens e mulheres que mudam frequentemente de parceiros ou que têm relações sexuais com parceiros de que desconhecem o comportamento sexual, quando não usam preservativo ou outras formas de sexo em segurança.

CRIANÇASEstão muito expostas?
Não, salvo as crianças nascidas de mães seropositivas e que foram contaminadas durante a gravidez, na altura do parto, ou mais raramente pelo leite materno. Até hoje ainda não se constatou nenhum caso de contaminação devido a outras causas, em crianças das escolas, dos internatos, dos jardins-de-infância. Os contactos sociais habituais entre crianças e seropositivos não são perigosos. Os hábitos dos adolescentes, tais como carícias, beijos etc., não são perigosos. Também não o são as carícias e toque dos órgãos genitais, desde que o liquido e as secreções seminais e vaginais de seropositivos não entrem em contacto com as mucosas ou lesões da pele da pessoa não contaminada.

CURAA SIDA tem cura?
A SIDA caracteriza-se por uma quebra do sistema imunitário do organismo. Por este facto, as infecções de ordem geral não podem ser combatidas eficazmente. Daí o perigo de morte, quando a doença se declara. Actualmente, a cura não é possível. A única medida situa-se, presentemente, na prevenção.

DÁDIVA DE SANGUE É perigoso?
Não se deve dar sangue senão quando se está de perfeita saúde e quando não se sofre de hepatite nem de infecção grave. Quem pensa poder ser seropositivo, ou quem tenha comportamentos de risco, não deverá, em caso algum, dar sangue. Dar sangue, com o objectivo de obter gratuitamente um teste de anticorpos anti-VIH, põe a vida dos outros em perigo. Neste caso, deve-se consultar um se serviço especializado para obter a análise.

DDI – DINANOSINA
É o segundo medicamento aprovado para tratamento do SIDA. Parece ter sido bem sucedido em alguns casos de resistência ao AZT.

DROGASPor que é que os toxicodependentes são tão ameaçados pela SIDA?
Aspiração de sangueA razão principal é que eles têm o costume de trocar ou de emprestarem os utensílios, nomeadamente as seringas e as agulhas. Os toxicodependentes utilizam a seringa para injecções intravenosas. Após a injecção, aspiram sangue para a seringa, a fim de extraírem restos de droga. Depois voltam a injectar esse sangue. Troca de agulhas sujas: perigo de morte!Quem empresta ou utiliza uma seringa não esterilizada corre perigo de morte. Os resíduos de sangue presentes na agulha são suficientes para infectar um novo utilizador.

ESPIRROS Há perigo de contaminação pela SIDA?
Não. O vírus da SIDA pode estar presente na saliva e nas lágrimas, mas em quantidades tão ínfimas que não há contaminação.

EXPANSÃOQual é a actual dimensão e onde começou?
A SIDA tem uma história recente e todavia já dramática à escala mundial. 1981 - Os primeiros casos de SIDA são recenseados nos E.U.A.
1983 - Descoberta do vírus da SIDA;
1985 - Estabelecimento do teste de anticorpos anti-VIH;
1987 - Segundo as estimativas, mais de 50.000 mortos de SIDA no mundo, mais de 100.000 doentes e cerca de 5 a 10 milhões de seropositivos;
1991 - Dez anos após a descoberta da SIDA, estimam-se, a nível mundial, 50 a 100 milhões de seropositivos e alguns milhões de doentes de SIDA;
1993 - O número de doentes continua a aumentar. Portugal registou, até Dezembro desse ano, e desde o início da epidemia, 1641 casos. Encontrava-se em 10º lugar a nível europeu.

FELÁCIO - O que é exactamente?
A palavra designa uma prática sexual, durante a qual os órgãos genitais masculinos estão em contado com a boca da parceira/o. O risco de contaminação existe, sobretudo se o esperma entrar na boca e houver feridas ou soluções de continuidade. A prática sexual em que o parceiro toca com a boca ou língua os órgãos genitais da parceira, corre menos risco e chama-se cunilingus.

FERIMENTOSÉ perigoso ajudar um ferido?
Não, desde que se observem as regras elementares de higiene. Uma pessoa ferida, sobretudo se sangra abundantemente, deve ser assistida com os necessários cuidados. Os profissionais de saúde devem observar as habituais regras de precaução genéricas para quem trabalha com doentes e com líquidos orgânicos.

GRAVIDEZ Por que é que o feto pode vir a ser infectado pelo vírus da SIDA?
Apenas é possível se a mãe já for seropositiva aquando da gravidez, ou se foi contaminada nesse período. A transmissão à criança pode surgir durante a gravidez, no momento do parto e, eventualmente, na altura da amamentação. As crianças filhas de mães seropositivas podem vir a ter SIDA em 25% dos casos.

HOMOSSEXUAL -Por que é que há tantos homossexuais com SIDA?
Algumas das suas práticas sexuais aumentam os riscos. É o caso, por exemplo, da sodomia, em que se introduz o pénis no ânus. O recto não é apropriado para receber um membro em erecção, pois que, ao contrário da vagina, não é lubrificado por secreções. Acresce ainda referir que as paredes da vagina são muito mais espessas. Se o vírus da SIDA, veiculado pelo esperma, penetrar no recto, poderá vir a infiltrar-se facilmente atravessando a mucosa através de ferimentos ínfimos e penetrar assim no sistema sanguíneo do parceiro não contaminado. As mucosas das paredes do intestino absorvem as substâncias muito rapidamente. È por isso que, sempre que os médicos querem agir com rapidez, administram substâncias sob a forma de supositórios.

INFECÇÃO - Como se processa?
O vírus da SIDA transmite-se sobretudo por: relações heterossexuais e homossexuais; troca de seringas e agulhas entre toxicodependentes; através de mãe seropositiva, no decurso da gravidez ou no momento do parto. Há ainda outros perigos de contaminação, se bem que mais raros: por meio de sangue ou de produtos sanguíneos, aquando de transfusões; através da dádiva de sangue ou do esperma (cada dador deve ser testado); por uso de objectos cortantes contaminados; pelo leite materno.

JOVENS - Por que é que a juventude é particularmente vulnerável?
Porque:As pessoas sexualmente activas, que têm relações sexuais espontâneas e apreciam as frequentes mudanças de parceiros, são as mais vulneráveis, a menos que procurem manter relações sexuais protegidas a partir do início da relação, ou se mantenham fiéis a um só parceiro. Entre jovens as experiências sexuais são um desafio. As drogas intravenosas são sobretudo utilizadas pelos jovens.Portanto:Evitar totalmente as drogas e, acima de tudo, não trocar seringas e agulhas. Usar sempre preservativo de forma correcta.

LINFÓCITOS
Os linfócitos são glóbulos brancos que desempenham um papel importante no nosso sistema imunitário. O vírus da SIDA não ataca uma célula qualquer, visa os linfócitos T helper, peça fundamental do nosso sistema imunitário. O objectivo deste sistema é identificar, localizar e destruir todos os intrusos, quer estes sejam substâncias, quer sejam organismos tais como bactérias, parasitas, fungos, vírus, permitindo assim evitar as doenças ou favorecer a sua cura. Uma pessoa atingida pela SIDA, ou no seu último estádio, é vulnerável a toda a espécie de doenças provocadas pelo próprio vírus, que tem uma característica particularmente maléfica: obriga as células contaminadas a produzirem inúmeras cópias do vírus, que, contaminando outros linfócitos T helper, os vão paralisar. É a destruição do sistema imunitário.

MENINGITE
A meningite declara-se frequentemente nos doentes de SIDA.

PRESERVATIVO

Os preservativos de boa qualidade constituem uma barreira não ultrapassável pelo vírus da SIDA. Esta afirmação baseia-se em resultados inequívocos, obtidos em laboratório. A explicação é simples: as moléculas de água são muito mais pequenas do que o vírus. Ora, os preservativos de boa qualidade são impermeáveis à água, logo são impermeáveis aos vírus da SIDA e ao esperma. A objecção de que o preservativo constitui um método de contracepção pouco seguro não é válida, desde que seja correctamente utilizado. Os preservativos controlados de maneira competente, são perfeitamente seguros, a não ser que se verifiquem erros na sua manipulação, ou sejam utilizados após o seu prazo de validade. Mas, como em todas as coisas, a segurança absoluta não existe. Erros de manipulação mais frequentes:
· O preservativo pode ser danificado ao retirar-se do invólucro, ou por se esticar demasiadamente no pénis em erecção. Atenção às unhas pontiagudas e longas, aos anéis, etc.;
· O preservativo não foi colocado correctamente ou não foi completamente desenrolado em todo o comprimento; O preservativo fo i colocado demasiado tarde, ou o pénis não foi retirado imediatamente após a relação sexual, o que possibilitou que o esperma entrasse em contacto com a vagina.
Recomendações:
· Utilize apenas preservativos de marcas controladas.
· Verifique se a embalagem fechada apresenta ainda uma bolha de ar. Se não, deite fora ou devolva.
· Leia as instruções sobre o modo de utilização correcta do preservativo.
· Não use vaselina ou cremes para o lubrificar, porque esses produtos atacam o látex e destroem o preservativo.

PRESERVATIVO FEMININO- É eficaz?
O seu uso não é fácil nem muito prático, mas devidamente utilizado é bastante eficaz. É o único método de protecção que pode ser utilizado por iniciativa das mulheres.

PROSTITUTA/O
Mulher ou homem que aceita ter relações sexuais por dinheiro, "a mais velha profissão do mundo", apresenta cada vez mais perigo de contaminação, desde que as relações não sejam protegidas por preservativo. Estas pessoas e os seus clientes estão expostos a um perigo gravíssimo, porque têm um elevado número de parceiros. A frequência com que essas pessoas têm outras doenças sexualmente transmitidas, favorece o contágio pelo VIH.

PROSTITUIÇÃO DE TOXICODEPENDENTES
Os toxicodependentes de ambos os sexos prostituem-se frequentemente porque precisam de elevadas somas para adquirirem droga. Por isso, menores de ambos os sexos praticam prostituição mais barata, com vista à obtenção certa de dinheiro.

SARCOMA DE KAPOSI
Cancro da pele e mucosas, surge frequentemente na SIDA declarada. Antes da eclosão da SIDA, era uma doença rara que afectava sobretudo os idosos.

SERINGA - Qual é o perigo de as trocar?
Entre toxicodependentes há o costume de trocar seringas.Se um seropositivo faz parte do círculo, o perigo de contágio para os utilizadores seguintes é muito grande, porque os toxicodependentes têm o costume de molhar a seringa com o seu sangue. Depois de terem injectado a droga na veia, aspiram sangue na seringa para diluir os restos de droga e voltam a injectá-lo. Em conclusão: Diga não a uma seringa em 2ª mão. Nas farmácias trocam-se seringas usadas por seringas novas.

SEXO COM SEGURANÇA - O que é?
O termo designa os comportamentos sexuais que pretendem evitar o risco da contaminação pelo vírus da SIDA:

· Fidelidade absoluta; relações sexuais sempre com uso correcto do preservativo; total inexistência de práticas sexuais de risco.

Sexo seguro significa também regresso à ternura, a descoberta do amor e das formas de o manifestar, que não se traduzem apenas no coito e no orgasmo. Sexo com segurança pode pressupor mudanças de comportamento, tais com:

· Acabar com as frequentes mudanças de parceiro;
· Evitar que o esperma e o sangue contactem entre si;
· Nunca ter relações sexuais sem protecção e assegurar-se contra os riscos de ferimentos (uso de espermicida).

SIDA
A palavra SIDA significa, "Sindroma de Imunodeficiência Adquirida", isto é, perda adquirida das defesas imunitárias.

SINTOMAS DA DOENÇA - Como reconhecê-los?
Os sintomas mais frequentes de uma doença provocada pelo vírus da SIDA (mas que podem igualmente surgir numa infecção ou doença benignas) são os seguintes:

· Gânglios inflamados em diferentes partes do corpo, mas sobretudo no pescoço e nas axilas;
· Grande lassidão, que pode durar semanas, e sem razão aparente;
· Perda inexplicável de peso (superior a 4,5/7kg em 2 meses);
· Febre e transpiração nocturna durante semanas;
· Diarreia permanente, sem razão aparente;
· Perturbações respiratórios permanentes e tosse seca;
· Doenças de pele, súbito aparecimento de manchas vermelhas e purpúreas na pele, na boca ou nas pálpebras;
· Fungos na boca.

TESTE VIH
O teste dos anticorpos anti-VIH (a que também se chama incorrectamente teste da SIDA) não diz se o organismo foi atingido ou não pelo SIDA, mas apenas revela a presença de anti-corpos anti-VIH no organismo. O teste permite detectar as imunoglobulinas e anticorpos que provam que a pessoa foi contaminada pelo vírus. Os anticorpos revelam a existência da contaminação, mas não protegem contra a doença.

Um resultado negativo significa:Que o sangue da pessoa testada não apresenta anticorpos anti-VIH. Isso significa que cerca de 12 semanas antes da colheita, esta pessoa não tinha sido ainda contaminada pelo vírus da SIDA. Todavia, pode ter havido entretanto contaminação, porque os anticorpos só surgem entre as 6ª e 12ª semanas depois da contaminação (é o chamado período de janela). Um resultado mais ou menos seguro só pode ser obtido após a 12ª semana seguinte à última situação de risco.

Um resultado positivo significa:Que se detectou a presença de anticorpos anti-VIH no sangue da pessoa testada, o que permite concluir ter havido contaminação pelo vírus da SIDA. Mas, de acordo com o estado actual dos conhecimentos, tal não significa que um seropositivo vá desenvolver necessariamente a SIDA. Todavia, ficará contaminado durante toda a vida e pode transmitir o vírus, porque o sangue e o esperma, ou as secreções vaginais, contêm vírus VIH ou/e linfócitos contaminados.

Antes de se submeter ao teste, deveria colocar-se a seguinte questão:

"Como vou ultrapassar a incerteza até à obtenção do resultado?" E "como vou reagir se for seropositivo" ? E ainda "quem me vai ajudar"? Antes da decisão será conveniente consultar um médico ou um psicólogo. O teste pode, de facto, acabar com a angústia, mas também pode trazer um pesado fardo psíquico. Daí que só deveria submeter-se ao teste quem pensa ter estado numa real situação de risco, pelo menos 12 semanas antes. Neste caso, será melhor informar o/a parceiro/a e ambos fazerem o teste. Nas grávidas o teste é aconselhável quando se conhecem situações de risco, antes ou durante a gravidez.

Onde se pode fazer o teste?
Qualquer médico pode colher alguns centímetros cúbicos de sangue e remetê-los a um laboratório especializado.

VACINA - Não existe nenhuma vacina contra a SIDA?
Actualmente não há nem medicamentos, nem vacina que permitam prevenir a SIDA. Todavia é possível travar a sua expansão. Cada pessoa tem o dever de se informar sobre a SIDA e de tomar as precauções necessárias, ou seja, modificar o seu comportamento, quando necessário.

VIA ENDOVENOSA
É a via usada para as drogas tais como a heroína e o craque. Essa a razão de os toxicodependentes estarem expostos a um m maior risco de contrair a SIDA.

VIH - Vírus da Imunodeficiência Humana
Designação actual do vírus da SIDA. Há dois tipos de vírus: VIH-1 e VIH-2, sendo este mais frequente nos africanos ou em pessoas que residiram em Africa.


Autora: Dra. Ângela Brandão

quinta-feira, 1 de março de 2007

“O desejo exprime-se por uma carícia, tal como o pensamento pela linguagem”
Autor:
Sartre , Jean-Paul

“Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem”
Autor:
Ehrenburg , Ilya

“É mesmo verdade que a maior parte dos males que ocorrem ao homem são provocados por ele próprio”
Autor:
Plinio

Devemos pensar sempre muito bem em tudo o que fazemos…Tomar precauções não custa nada…!Existem muitos erros que cometemos para os quais não existe nenhuma solução e, como Ehrenburg nos diz no seu aforismo, “…de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem”.